É divulgado aumento da Taxa Selic

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É divulgado aumento da Taxa Selic
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 É divulgado aumento da Taxa Selic

Aumento de um ponto percentual já era esperado. O índice tem o maior valor desde 2017.

 

No último dia 4 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou, de forma unânime, a taxa Selic. Agora, ela passou de 11,75% para 12,75% ao ano, sendo que este foi o décimo avanço seguido da taxa básica de juros. O novo índice é o maior em mais de cinco anos, atrás apenas de janeiro de 2017, quando a taxa estava em 13% ao ano.

 

O aumento já era esperado desde março, quando o Copom registrou em ata que a taxa subiria um ponto percentual. Ainda segundo o comunicado, o Copom considera como “provável” uma nova elevação quando ocorrer a próxima reunião do comitê, marcada para meados de junho.

 

Mas você sabe o que é a taxa Selic e qual o seu impacto ao calcular os juros das compras do dia a dia? Abaixo, explicamos do que se trata esse índice, como ele funciona e sua influência sobre a economia brasileira no geral.

O que é a taxa Selic?

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, sendo a principal ferramenta utilizada pela política monetária do Banco Central (BC). O seu objetivo é, sobretudo, controlar a inflação no país, sendo que ela se refere à taxa de juros apurada nas operações de instituições financeiras que usam como garantia os títulos públicos federais.

 

Selic é uma sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Esse é um programa virtual feito pelo Banco Central em que ocorre a venda e compra do Tesouro Nacional entre as instituições financeiras, de modo que as pessoas comuns não têm acesso a esses títulos.

 

Assim, o Banco Central opera neste mercado de títulos públicos com o intuito de fazer com que a taxa Selic efetiva esteja alinhada com a meta Selic definida pelo Copom. O comitê se reúne a cada 45 dias para determinar o novo valor, com base em diversos indicadores financeiros.

Por que ela é importante?

Criada em 1979, período em que o país enfrentava uma hiperinflação, a Selic tornou-se o principal mecanismo para regular a inflação. De modo que, hoje,  qualquer alteração feita pelo Copom na taxa contribui para a alta ou diminuição da inflação. A taxa é vista como um indicador da situação econômica atual, auxiliando o BC sobre quais devem ser os próximos passos para melhorar a economia nacional.

 

Atualmente, o Brasil enfrenta um momento de alta da inflação, com previsão de registrar 7,3% em 2022. Segundo o Copom, essa alta se deve sobretudo a dois importantes fatores: a “incerteza” dos investidores em relação a promessa do Governo Federal em cumprir as regras fiscais do país e a elevação de preço de itens e serviços, agravadas por questões como a pandemia do Covid e a guerra na Ucrânia.

Como funciona a Selic?

A influência da taxa Selic é percebida em todas as taxas de juros do país, incluindo a de aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos de carros e imóveis. Assim, qualquer mudança no valor dessa taxa proporciona implicações para toda a economia.

 

Quando o seu valor sobe, como agora, os juros cobrados, inclusive os dos cartões de crédito, ficam mais caros. Por serem mais caros, o consumidor se sente desestimulado a consumir e adquirir bens e produtos. Dessa maneira, a Selic colabora para fazer com que haja uma queda na inflação, que é justamente o aumento dos preços de serviços e produtos. Por conseguinte, um sinal da diminuição do poder de compra do consumidor.

 

Quando a inflação diminui, a taxa Selic também tende a cair e, com isso, o efeito é inverso. Os juros abaixam e conseguir empréstimo fica mais fácil, o que volta a estimular o consumo de serviços e itens entre as pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

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