Conheça a dieta macrobiótica para você viver saudável
A dieta se baseia em uma filosofia de vida que preza pela harmonia do corpo e da mente com a natureza
A macrobiótica é uma filosofia chinesa, com referências ao taoísmo. O termo significa “grande visão da vida” e propõe um modo de viver que equilibre o funcionamento do corpo humano com o meio ambiente. A filosofia ainda acredita na combinação de forças energéticas metafísicas, yin e yang, para tudo o que é feito na vida.
A dieta macrobiótica, portanto, é parte de uma filosofia e estilo de vida que busca a alimentação neutra. Com base nos conceitos orientais de opostos-complementares yin/yang, a macrobiótica acredita que cada alimento se aproxima mais de uma dessas duas polaridades energéticas, sendo ideal investir na comida com características neutras.
A cozinha macrobiótica também preza por alimentos sem aditivos químicos e ingredientes artificiais. O ideal é que os alimentos sejam orgânicos e respeitem ao máximo uma produção sustentável para a natureza, de acordo com a localização geográfica e as características climáticas de cada local.
Origens da alimentação macrobiótica
O conceito de macrobiótica foi criado pelos filósofos gregos. No final do século XIX, um médico japonês Sagen Ishisuka estabeleceu uma dieta a base de cereais integrais e vegetais, a fim de se curar de uma doença crônica nos rins. O caso ficou famoso e Ishisuka fundou a primeira organização macrobiótica do mundo.
Posteriormente, George Ohsawa deu continuidade aos estudos e esforços de Ishisuka, sendo o responsável pela disseminação da teoria macrobiótica no ocidente.
Quais são e como preparar os alimentos da macrobiótica
Para a macrobiótica, os alimentos são sagrados. Pensando nisso, a forma de preparo da comida é baseada no aproveitamento máximo dos nutrientes e do sabor natural de cada item.
O cozimento deve ser feito com pouca água e o uso de micro-ondas e outros equipamentos eletrônicos é desaconselhável. Durante as refeições, deve-se mastigar os alimentos mais de 50 vezes (ideal entre 100 e 150 vezes). Além disso, o ato de comer deve ser feito em ambientes tranquilos.
Entre os principais alimentos da dieta macrobiótica estão o arroz integral, as algas marinhas, os condimentos asiáticos não-artificiais e as raízes. Carnes e outros derivados de animais, bebidas alcoólicas, cafeína e doces devem ser evitados. Alimentos como legumes e frutas devem ser consumidos apenas em algumas épocas.
No modelo tradicional, 50% a 60% da alimentação macrobiótica é feita com cereais integrais. É indicado consumir sopa de 1 a 2 vezes por dia. Os vegetais ingeridos correspondem de 25% a 35% da dieta e podem ser crus ou pouco cozidos. Sementes e oleaginosas (nozes e castanhas, por exemplo) também entram na lista.
Quem pode adotar a dieta macrobiótica?
A mudança para qualquer modelo de dieta é mais segura quando feita junto a um profissional da nutrição. Em teoria, qualquer pessoa pode aderir à dieta macrobiótica, mas suas regras restritivas podem levar a carências nutricionais e outros problemas de saúde.
Para atender às especificidades de cada organismo, adaptações podem ser necessárias, ou até a reposição de alguns nutrientes. Para crianças, grávidas, idosos e atletas, por exemplo, é ainda mais necessário recorrer a um profissional.
Também é importante ressaltar que a dieta macrobiótica não visa o emagrecimento como principal finalidade, até por propor uma alimentação baseada em carboidratos. A ideia é ingerir alimentos de forma equilibrada.
Quais são os benefícios da macrobiótica?
O principal benefício dessa dieta é a conexão entre corpo e mente. Como já foi dito, a macrobiótica não visa o emagrecimento, mas, sim, um modo de vida mais harmonioso e integrado com a natureza e com si mesmo.
O fato de evitar o consumo de aditivos químicos e ingredientes artificiais possibilita um modo de vida mais saudável. Outro ponto de destaque é o vínculo com a redução da poluição e desmatamento do meio ambiente, já que a dieta macrobiótica é praticamente toda vegetariana.