Entenda por que mudamos de voz ao falar com bebês

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Entenda por que mudamos de voz ao falar com bebês
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Entenda por que mudamos de voz ao falar com bebês

Esse é um hábito cientificamente comprovado e acontece em todo o mundo

Quando é anunciada a chegada de um bebê na família ou no círculo de amizades, diversas preocupações passam pela cabeça. A necessidade de fazer um estoque de fraldas, escolher entre os melhores modelos de berço e adaptar a casa para uma criança estão entre elas. Entretanto, nem só de novas obrigações se faz esse processo.

As brincadeiras, as risadas e o cheirinho de bebê passam a fazer parte do ambiente. Até a voz dos adultos costuma mudar, ficando mais fina e suave. Mas, afinal, por que será que isso acontece? Conheça mais informações sobre o tema.

O que é a famosa “voz de bebê”?

Quando um adulto vai conversar com um bebê ou uma criança ainda pequena, é comum que o diálogo mude. Além de adaptar termos e palavras, a voz quase sempre adquire um timbre mais suave e agudo. A mudança pode ser involuntária, mas acontece com frequência para a maioria das pessoas, até mesmo quando se trata de um bebê desconhecido.

A mudança de voz atinge todo mundo?

Com certeza você já se deparou com uma pessoa que negou mudar a voz diante dos bebês (por mais que seja perceptível). A verdade é que esse hábito atinge a maior parte das pessoas ao redor do mundo, sendo bem comum em diferentes culturas.

Um estudo publicado na revista Nature Human Behavior confirma esse fenômeno. Depois de coletar mais de 1.600 gravações de voz, pesquisadores da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e da Universidade de Auckland (Nova Zelândia) conseguiram notar as diferenças e estabelecer alguns padrões.

Nas falas destinadas aos bebês e às crianças, os sons tinham um timbre mais puro e alto, enquanto no material destinado aos adultos, a sonoridade não apresentava as mesmas particularidades.

O estudo analisou a voz de pessoas de 21 sociedades diferentes, comprovando que a “voz de bebê” faz parte de diferentes culturas. Alguns detalhes podem variar por conta das variações socioculturais, mas o timbre mais suave e agudo permanece presente nos quatro cantos do mundo.

As músicas para bebês também tem sonoridade diferente

Não é só o timbre da conversa dos adultos que muda perto dos bebês. As músicas destinadas aos pequenos também possuem uma diferença de sonoridade perceptível, analisada no mesmo estudo da revista Nature Human Behavior.

As mais de 50 mil pessoas que participaram como ouvintes, vindas de 187 países, perceberam a diferença. Através de estudos baseados na psicologia cognitiva e no desenvolvimento, na ciência de dados e na antropologia evolutiva, foi possível estabelecer os padrões mais agudos quando o material é produzido pensando nos pequenos. A variação pode ser observada tanto na voz quanto na parte instrumental das canções.

Por que é importante conversar com os bebês?

A “voz de bebê” ajuda a levantar um debate essencial sobre a importância de conversar com as crianças ainda nos primeiros meses de vida. Existe até mesmo o hábito de conversar com os bebês quando eles ainda estão na barriga, a fim de adaptar a criança o quanto antes aos pais e ao mundo externo.

Nos primeiros meses de vida, a voz dos familiares representa o primeiro contato do bebê com as palavras e com o mundo. É nesse momento que ele começa a associar sons a atividades ou objetos. A prática também pode ser estimulada por músicas e desenhos, mas o diálogo é essencial.

Com o passar dos meses, a criança começa a elaborar frases através do conhecimento de vocabulário dos pais. Por isso, é importante conversar no dia a dia, ensinar o nome de objetos, denominar atividades e estimular a fala, mesmo quando ela ainda não está totalmente desenvolvida.

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