Um ano após IPO, Méliuz divulga ter cartão de crédito próprio
A Méliuz, famosa fintech brasileira, anuncia mais uma linha de soluções financeiras em sua esteira de produtos e serviços. Saiba mais.
A Méliuz, uma das mais famosas empresas de tecnologia no Brasil, não para de crescer: desde seu IPO, sua rentabilidade foi surpreendente, e suas linhas de negócio crescem cada vez mais. A última novidade, no entanto, já era aguardada por muitos: o cartão de crédito da Méliuz já está em fase de planejamento e deve chegar ao mercado no ano de 2022.
Essa pode ser a solução para todos aqueles que querem cartão com limite alto, mas não conseguem aumentar o seu limite nas instituições financeiras em que tem conta.
Como a Méliuz surgiu?
A Méliuz é uma empresa criada em Minas Gerais no ano de 2011. Modelada em cima da Honey, programa de cashback dos Estados Unidos, o objetivo da Méliuz era trazer esse conceito de forma abrangente no Brasil.
Ainda que serviços de cashback já existissem no país, eles eram muito centralizados e difíceis de serem gastos — geralmente, consistem em itens de pouca funcionalidade que demoravam muito tempo para serem ganhos com os sistemas de pontos das empresas.
Assim, o conceito da Méliuz é simples: quando o consumidor compra um item usando a Méliuz, ele recebe uma porcentagem do valor gasto na compra de volta.
Dessa forma, ao invés de acumular pontos e resgatar algum item depois de muito tempo, o retorno para o consumidor passa a ser muito mais rápido. Além disso, o cliente pode pegar o dinheiro e gastar como quiser, sem precisar utilizá-lo dentro de nenhuma plataforma.
O Méliuz ganha dinheiro através dos anúncios das lojas parceiras que oferecem o serviço de cashback em sua plataforma. Já são diversas empresas que fizeram parcerias com a empresa mineira: Amazon, Magazine Luiza, Lojas Americanas, Casas Bahia e outras.
IPO da Méliuz e novas linhas de negócio
Em novembro de 2020, mesmo com a pandemia do COVID-19, a Méliuz resolveu levantar capital através da sua oferta pública inicial de ações (também conhecida como IPO).
Com esse procedimento, a empresa conseguiu captar R$ 367 milhões para investir em suas próprias operações e crescer ao longo do tempo. Diante desse capital, a empresa investiu em aumentar o número de seus clientes e em criar linhas de negócios.
Segundo os fundadores da empresa, Israel Salmen e Ofli Guimarães, a intenção da Méliuz é experimentar com diversas linhas de negócios, sempre buscando inovação tecnológica onde atuam. Assim, desde seu IPO, a sua base de usuários e de lojas parceiras foi apenas aumentando, crescendo trimestre após trimestre.
A empresa desenvolveu um marketplace próprio que pode ser acessado tanto por um navegador quanto por um aplicativo, facilitando o recebimento de ofertas com cashback.
Entre suas principais inovações desde o IPO, está o cartão de crédito com cashback em parceria com o Banco Pan. Com o cartão, o usuário pode comprar itens e receber cashback no seu aplicativo.
Além disso, serviços de nota fiscal e de recarga de celulares entraram nas operações da empresa e, ainda que sejam um percentual pequeno da receita da empresa, continuam a crescer.
A Méliuz também tem projetos em fase experimental, como o seu serviço de empréstimos, que foi liberado para uma base menor de usuários, de forma que ainda possam ser feitos ajustes.
Performance das ações da Méliuz
A empresa teve um crescimento bastante relevante em suas ações desde o seu IPO, em novembro de 2020. Sendo negociada com o ticker de CASH3 (“cash”, em inglês, significa dinheiro em espécie), a empresa foi uma das empresas de tecnologia que mais teve atenção desde seu IPO no Brasil.
Em sua máxima histórica, o preço das ações chegou a alcançar 11 vezes o valor inicial de novembro de 2020.
Apesar de uma queda expressiva em suas ações desde outubro de 2021, o saldo ainda é positivo para quem investiu na oferta pública de ações, com um rendimento de mais de três vezes o valor inicial.
A Méliuz ainda tem diversos projetos em andamento, muitos em estágios iniciais. Dessa forma, a empresa mineira continua inovando no setor de tecnologias financeiras.