Tiro esportivo nas Olimpíadas: conheça a história do esporte
O tiro esportivo é um esporte que exige concentração, técnica e prática
O tiro esportivo surgiu a partir das práticas militares. As linhas de tiro utilizadas em combates serviram como modelo para as primeiras competições, com disputas nas posições em pé, de joelhos e deitado. O esporte está presente desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos, que aconteceu em 1896, em Atenas.
Em 1968, na Cidade do México, as primeiras mulheres competiram com os homens. Mas foi só em 1984, em Los Angeles, que aconteceram as disputas femininas, divididas em duas categorias: carabinas e pistolas de ar. Neste artigo, reunimos todas as informações sobre a história do tiro esportivo nas Olimpíadas. Confira!
Mudanças na competição olímpica
Até as Olimpíadas de 2014 (Rio de Janeiro), . No entanto, em 2021 (Tóquio), houve uma mudança na competição: ela passou a ser disputada em quinze categorias, sendo três mistas, seis femininas e seis masculinas.
Masculino | Feminino | Misto |
Carabina três posições 50 m | Carabina três posições 50 m | Carabina de ar 10 m |
Carabina de ar 10 m | Carabina de ar 10 m | Pistola de ar 10 m |
Pistola de tiro rápido 25 m | Pistola 25 m | Fossa olímpica |
Pistola de ar 10 m | Pistola de ar 10 m | |
Fossa olímpica | Fossa olímpica | |
Skeet | Skeet |
Em relação às Paralimpíadas, a modalidade estreou em 1976 (Toronto), somente com homens disputando. Em 1980 (Arnhem), as mulheres também entraram na disputa, inclusive em provas mistas.
Entretanto, em 1984 (Stoke Mandeville e Nova Iorque) e 1998 (Seul), as provas mistas foram retiradas do programa, retornando apenas em 1992 (Barcelona) para substituir a prova feminina. Já em 1996 (Atlanta), os três tipos de disputa foram novamente fixados nos jogos.
A estreia do Brasil na competição ocorreu em 1976. No entanto, a segunda participação brasileira aconteceu somente em 2008 (Pequim), após 32 anos fora da disputa.
Curiosidades do tiro esportivo nas Olimpíadas
Em 1956 (Melbourn), o canadense Gerald Ouellette conquistou a medalha de ouro na prova de carabina deitado. Gerald teve um desempenho simplesmente irrepreensível. Após acertar os incríveis 60 tiros no centro do alvo, ele quebrou o recorde mundial da modalidade, obtendo 600 pontos.
No entanto, apesar de histórico, o desempenho acabou rendendo somente a medalha de ouro para o canadense. Isto é, sem o devido reconhecimento da sua marca alcançada.
Isso aconteceu devido a um erro grotesco dos organizadores australianos, que ao montar o alvo, posicionaram 1,5m mais perto do que o correto, o que acabou custando o recorde mundial a Gerald Ouellette, mas que não teve o seu fantástico desempenho reconhecido.
Primeira medalhista feminina
Antes mesmo de haver uma disputa exclusivamente feminina nas Olimpíadas, as mulheres disputavam as medalhas com homens. E foi assim que em 1976 (Montreal) a norte-americana Margareth Murdock foi a primeira mulher a fazer parte de um pódio olímpico no tiro esportivo.
Em uma disputa muito acirrada com o também norte-americano Lanny Bassham, Murdock teve de se contentar com a segunda posição devido aos critérios de desempate, levando a medalha de prata.
Ambos terminaram a prova com a mesma pontuação, porém, Bassham havia conquistado três séries de 100 pontos contra duas da sua compatriota. Mesmo com a conquista do ouro olímpico, o norte-americano não concordava com a regra — ele queria que houvesse um empate.
E, com uma bela e emocionante atitude, ele puxou Margareth Murdock ao seu lado no lugar mais alto do pódio na hora da execução do hino nacional dos Estados Unidos.
Nove países conquistaram a medalha de ouro
Por fim, uma marca histórica aconteceu nas Olimpíadas de 2012 (Londres), onde nove países conquistaram a medalha de ouro no tiro esportivo. Elas foram distribuídas da seguinte forma:
- Estados Unidos, Itália, Coreia do Sul e China — três medalhas cada;
Grã-Bretanha, Croácia, Cuba, Romênia e Bielorrússia