Setor de energia solar é impulsionado por crise energética

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Setor de energia solar é impulsionado por crise energética

Energia solar deve representar 2,6% da matriz energética brasileira.

 

Impulsionada pela crise energética, o número de painéis solares, em residências e estabelecimentos comerciais, cresceu 50% na participação na geração distribuída em relação a 2020. Até o fim de setembro, o número de novas conexões já havia ultrapassado o total de 2020 com mais de 221 novas instalações.

 

A crise energética elevou o preço da conta de luz por conta da alta nas bandeiras tarifárias. Com a proximidade do verão, procurar formas de economizar é importante para gastar com aparelhos de ar-condicionado, geladeira, entre outros.

 

Dados do INEL (Instituto Nacional de Energia Limpa), a geração distribuída no final de 2020 foi de 517 mil unidades participantes. Em 2021, no início de outubro esse número já havia chegado a 781 mil.

Minas Gerais é o estado com maior número de conexões

O estado de Minas Gerais é o primeiro no ranking de novas conexões de energia solar, com mais de 158 mil. Outros estados que se destacaram foram São Paulo, com 111 mil, Rio Grande do Sul, 98 mil e o Rio de Janeiro com quase 38 mil novas conexões.

 

A maior parte das novas conexões foram realizadas em unidades residenciais, seguida por unidades comerciais e rurais.

Expectativa é que o Brasil tenha mais de 35 GW de geração distribuída até 2030

A projeção do INEL é que até 2030, o Brasil já tenha mais de 35 gigawatts de potência. Isso representa mais do que cinco mil vezes a energia distribuída atualmente com mais de 3,8 milhões de unidades geradoras.

 

Um estudo da INEL em parceria com a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída), aponta que em 2023 o Brasil deve alcançar os 10 GW de potência em geração distribuída. Isso pode ajudar a recuperar cerca de 20% do nível de armazenamento de energia nos reservatórios de usinas hidrelétricas.

Energia solar deve representar cerca de 2,6% da matriz elétrica brasileira

A expectativa da INEL é que a energia solar termine o ano representando 2,6% da matriz elétrica brasileira. No início de outubro, a energia solar representava 2,1%. A produção de energia solar vem batendo recordes no país.

 

Um deles foi o pico de geração instantânea de energia solar com a produção de 3.626 MW (megawatts), o que correspondeu a 4,7% da demanda de consumo no Brasil.

Crise energética também aquece o mercado de franquias de energia solar

A crise energética também vem fazendo o setor de energia solar se desenvolver bastante no país. De acordo com o levantamento da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), as usinas de energia solar ultrapassaram as usinas termelétricas a carvão.

 

As franquias de energia solar têm crescido bastante. A Solarprime tem quase 430 franquias espalhadas por todo o Brasil, dentre elas 106 foram abertas até agosto deste ano, o que representa um crescimento de 90% na comparação com o ano de 2020.

 

A rede Blue Sol Energia Solar passou de 30 para 150 franquias em apenas um ano. Isso vem acontecendo porque com a crise energética, cada vez mais cresce o número de consumidores que entendem que a energia solar é uma alternativa para diminuir o valor da conta de luz.

 

“O retorno sobre o investimento em sistemas fotovoltaicos das casas hoje é próximo a quatro anos. Se financiado, normalmente a parcela do financiamento é menor que a economia da conta de luz. O brasileiro não precisa tirar dinheiro do bolso para gerar a própria energia”, explica Heber Galarce, presidente da INEL em entrevista à CNN Brasil.

 

Investir em um sistema de captação de energia solar é vantajoso para os consumidores em relação à diminuição dos custos com a conta da luz. Além disso, o uso de energia solar contribui para mitigar o impacto do aquecimento global. Esse investimento se justifica e tende a ser uma realidade para muitos no futuro.

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