Bicicleta elétrica: recorde de unidades comercializadas de e-bikes em 2021
No Brasil, mais de 40 mil bicicletas elétricas foram comercializadas em 2021
As bicicletas elétricas, ou e-bikes, estão em uma crescente pelo mundo afora. Elas estão cada vez mais populares e não somente para fazer exercício, mas também como meio de transporte, de lazer e até mesmo de turismo. Além disso, alugar bicicletas elétricas tem se tornado um hábito comum entre as pessoas.
O número de e-bikes ao redor do mundo tem crescido ao longo dos anos, principalmente desde a chegada da pandemia. Segundo um levantamento da Associação da Indústria da Bicicleta, a ZIV, na Alemanha, por exemplo, em 2021 mais de 40% das bicicletas contabilizadas foram do modelo elétrico, um aumento de 11% em comparação com o ano anterior.
Já na Espanha, as vendas das e-bikes em 2021 bateram recorde. A Associação de Marcas e Bicicletas da Espanha (AMBE) mostrou que o número de e-bikes aumentou mais de 5% em relação a 2021, ou seja, um volume de mais de 220 mil bicicletas elétricas no país.
Já no Brasil, os dados são um pouco menores, mas, ainda assim, em crescimento. Em 2021, foram comercializadas mais de 40 mil bicicletas elétricas, criando uma movimentação financeira de quase R$ 290 milhões, um aumento de mais de 50% se comparado a 2020.
Panorama geral do mercado de e-bikes no Brasil
Um estudo recente da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, a Aliança Bike, mostrou que os números deram um salto no ano passado. Somente em outubro de 2021 foram produzidas mais de 5200 unidades, tornando-se o mês de maior pico do ano.
Os dados também se aplicam ao mercado de montagem e manutenção das bicicletas elétricas. Em 2021, as empresas que trabalham com importação e montagem das e-bikes representaram mais de 60% do mercado no Brasil, um crescimento de 35% em comparação com 2020.
Segundo o coordenador do grupo de trabalho de Bicicletas Elétricas da Aliança Bike, Felipe Praça, os resultados informados são muito importantes e animadores para o setor. “Economicamente pode ser estratégico para o Brasil incentivar o uso de bicicletas elétricas, criando divisas importantes para o crescimento do país. Acredito que as elétricas representarão a maior fatia do mercado de bicicletas nos próximos 10 anos”, afirma Praça.
As expectativas para este ano são igualmente animadoras. Espera-se que o mercado brasileiro tenha uma alta de, pelo menos, 22%, chegando a quase 50 mil unidades de e-bikes.
Por que as e-bikes têm crescido tanto?
As bicicletas elétricas têm diversos benefícios, tanto para quem usa quanto para a sociedade e para o meio ambiente, de forma geral. Por isso, o investimento nelas e nas empresas relacionadas ao setor têm crescido tanto nos últimos anos.
Falando de valores, as e-bikes são mais em conta do que os carros, sejam eles elétricos ou não. Além disso, não há a necessidade de pagar taxas, como impostos, estacionamento e combustíveis. O aumento do uso das bikes também ajuda a diminuir o trânsito, sendo uma ótima ferramenta para a mobilidade urbana. Por isso, ela se tornou uma das queridinhas também no quesito transporte.
Outra vantagem é relacionada à sustentabilidade. Ao utilizar as bicicletas elétricas, evitamos o uso de automóveis e, com isso, minimizamos o consumo de combustíveis fósseis e a emissão do dióxido de carbono, ajudando a proteger e cuidar do meio ambiente.
Para finalizar, as bicicletas elétricas são consideradas veículos híbridos, ou seja, podem funcionar através do motor ou com o ciclista pedalando. Assim, elas podem ser uma ótima ferramenta para a saúde também, pois há a possibilidade de se exercitar enquanto faz o trajeto. Porém, se o caminho for longo, dá para utilizar o motor e chegar ao local sem se cansar e suar.